INSS anuncia pente-fino com 152 mil beneficiários de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez

O Governo Federal publicou edital nesta quinta-feira (12) no “Diário Oficial da União” que convoca para perícia médica pessoas que recebem auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Paralímpicos falam sobre bullying e inclusão de deficientes

Marco Aurélio e José Jesus, atletas paralímpicos medalhistas em olimpíadas, estiveram no Colégio Renil, em Mauá, palestrando para alunos dos 6º e 7º anos abordando dois assuntos muitos discutidos na atualidade: bullying e a inclusão de deficientes.

Fazendinha é diferencial no Jardim Renil Kids

Mini Horse, carneiro, jaboti, galinha, porquinho da índia, coelho, cachorro e porco, são alguns dos animais mantidos pela escola e que contribuem na formação dos alunos nas disciplinas de natureza e sociedade, inglês e matemática.

Arena da “Patrulha Canina” invade o Mauá Plaza Shopping

Várias atividades da turminha mais corajosa da televisão estarão na Praça de Eventos a partir do dia 10 de abril. As inscrições são gratuitas e podem participar crianças de 03 a 12 anos.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Irmão de Donisete dirige com CNH vencida desde janeiro

José Pereira Braga, conhecido como Zezinho Braga (PT), irmão do prefeito de Mauá e candidato à reeleição, Donisete Braga (PT), foi autuado na quarta-feira por dirigir com a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) vencida desde janeiro. A multa foi aplicada depois de Zezinho envolver-se em acidente de trânsito na Avenida Dom José Gaspar, no bairro Matriz, região central da cidade.
A assistente administrativa Nathalia Caroline Montanari, 29 anos, estava na garupa da moto com o marido, Michel Rodrigues, passando pela avenida quando a moto colidiu com a porta do veículo de Zezinho, um Fiat Strada 2009. O petista estava estacionado do lado direito da via e abriu o carro no momento em que o casal transitava. O caso ocorreu por volta das 17h30.
Apenas Nathalia caiu da moto. Ela teve o pé quebrado e foi encaminhada ao Hospital Nardini. Ao Diário, a moça classificou o ocorrido como incidente e disse ter recebido ajuda do irmão do prefeito. “Ele (Zezinho) ficou do nosso lado até a hora em que a ambulância do Samu chegou. Depois ainda ligou para o meu marido perguntando se estava tudo bem”, relatou Nathalia, que já se recupera em casa, com a ajuda de muletas.
Nenhuma das partes foi encaminhada à delegacia. No BO (Boletim de Ocorrência) da PM (Polícia Militar) número 13.196, que não é documento oficial de investigação, consta que Nathalia decidiu não representar Zezinho criminalmente. Ela confirmou essa informação, mas não soube dizer os motivos de não ter registrado a ocorrência na Polícia Civil. “(Os policiais) Não me perguntaram se eu queria registrar BO na delegacia. Não sei se perguntaram para o meu marido”, afirmou.
Segundo o CTB (Código de Trânsito Brasileiro), dirigir com a CNH vencida há mais de 30 dias – o documento de Zezinho já necessitava de renovação há quase nove meses – é infração gravíssima, que gera sete pontos na carteira e multa de R$ 191,54. A legislação prevê o recolhimento da CNH e a retenção do veículo até a apresentação de outro condutor habilitado. Neste caso, quem liberou Zezinho foi o secretário de Segurança Pública do município, Carlos Wilson Tomaz (PTdoB). O secretário, porém, negou ter atuado em favor do petista. Embora não atue oficialmente no Paço, Zezinho goza de prestígio no núcleo duro do governo Donisete e tem livre trânsito junto à campanha do irmão. “Eu fui chamado por ele e conduzi o carro. Mas agi como amigo dele, não como secretário de Segurança”, justificou Tomaz.
NO BO da PM, Zezinho se apresenta como assessor parlamentar. Ele teve passagens em cargos comissionados na presidência, no gabinete da liderança da minoria e também na primeira secretaria da mesa diretora da Assembleia Legislativa, onde o irmão, Donisete, atuou de 2001 a 2012 – renunciou ao cargo de deputado estadual para assumir a Prefeitura de Mauá.
De acordo com o site da Assembleia, a última função exercida por Zezinho foi a de assessor especial parlamentar da primeira secretaria, hoje sob comando de Enio Tatto (PT). Ele deixou o posto em 10 de agosto, seis dias antes do início oficial da campanha eleitoral. Ele recebia R$ 5.870,15.
Via DGABC

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Keiper, de Mauá, pede recuperação judicial

O futuro da Keiper, fabricante de bancos automotivos de Mauá, apesar de incerto, depende de sua recuperação judicial. Segundo apurou a equipe do Diário, não existe a possibilidade de a empresa fechar as portas até o desfecho do processo. O futuro da autopeça depende de plano de recuperação, que está em desenvolvimento pela companhia de consultoria e auditoria PwC (PricewaterhouseCoopers). A apresentação da estratégia de retomada e de pagamento de seus fornecedores e colaboradores pode levar até 120 dias, que ainda não passaram a contar. Assim, a empresa continua operando.

Em entrevista ao Diário, em setembro, o CEO da Keiper, Marino Mantovani, afirmou que o passivo da empresa, considerando os valores de rescisão de contrato e quantias devidas a fornecedores e transportadora, entre outros, totaliza R$ 32 milhões.

A empresa atravessa grandes dificuldades, já que após a rescisão de contrato com a Volkswagen, foram perdidos 85% dos negócios da empresa. Em seguida, a Johnson Controls, que responde por Ford e Toyota, também rompeu seus contratos.
Segundo o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá Adilson Torres, o Sapão, com a única cliente que restou, a empresa não consegue arcar nem com 50% das despesas obrigatórias da planta de Mauá. “Se a Keiper não conseguir novos negócios, não se manterá. A porcentagem da Mitsubishi é muito pequena.”
Ontem, o sindicato e a Keiper se reuniram para discutir o encaminhamento da verba bloqueada que a empresa tem para receber (R$ 7,2 milhões) da Volkswagen, referente à venda dos bancos em estoque que não foi consolidada.
Segundo Sapão, foi combinado que a verba servirá para pagar as verbas rescisórias dos trabalhadores de São Paulo e Araçariguama – os de Mauá e Ribeirão Pires já receberam. O que sobrar do montante será dividido para pagar a multa de 40% do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), que está a haver a todos os 724 demitidos, sendo 300 na região. O valor, no entanto, será suficiente para cobrir apenas 30% dos 40% da autuação. Diante do cenário, os operários programam para hoje manifestação para reivindicar o restante das verbas rescisórias.
OUTROS CASOS - Para citar alguns exemplos de empresas que pediram concordata, a Arteb, fabricante de luminárias automotivas com unidades em São Bernardo e Diadema, ingressou com solicitação em fevereiro, com R$ 70 milhões em dívidas. A Karmann Ghia, de São Bernardo, que atua nas áreas de estamparia e ferramentaria, possui passivo total de R$ 300 milhões.
A gráfica Prol, de Diadema, por sua vez, teve pedido de falência extinto porque passaram a entrar serviços e a dívida começou a ser paga. 
Via DGABC

Márcio Chaves fecha com Atila em Mauá

Quarto colocado na disputa pela Prefeitura de Mauá, o ex-vice-prefeito Márcio Chaves (PSD) tornou público, na noite de ontem, sua adesão ao projeto do candidato do PSB, deputado estadual Atila Jacomussi, na disputa do segundo turno contra o atual prefeito, Donisete Braga (PT). O ato que selou a formalização foi realizado na sede do clube Coke Luxe e contou com a presença de apoiadores, correligionários e vereadores eleitos da coligação de Atila.

Detentor de 7.691 votos – ou 4,20% dos válidos – da fatia do eleitorado no primeiro turno, Márcio fechou elo ao projeto socialista levando também seu candidato a vice, o tenente-coronel da PM (Polícia Militar) Paulo Barthasar Júnior (PTC), além do PSC, que também caminhou junto com o PSD na primeira etapa.

Formado politicamente nas fileiras do PT e um dos ícones da legenda nas últimas duas décadas, Márcio afirmou que sua decisão de apoio se deu após diálogo com seu grupo político e com os prefeituráveis na disputa.
“Fiz questão de ouvir o grupo de filiados e demais lideranças que estimularam nosso projeto. Depois, o diálogo foi com o Donisete e com o Atila. Reafirmei que o próximo prefeito precisa ter uma postura diferente de lidar com determinados temas, como as questões da Segurança e Educação. Não estamos discutindo cargos e sim a participação na formulação dessas políticas. E foi assim, de maneira consensual, que unificamos a decisão”, pontuou Márcio.
O ex-prefeiturável ainda citou que, ao longo dos últimos 36 anos, a cidade foi acostumada a ver três grupos dominarem a gestão da cidade, citando os ex-prefeitos José Carlos Grecco (PSDB), Leonel Damo (PMDB) e Oswaldo Dias (PT). “Foi uma polarização de projetos, personificados em figuras políticas. Este ciclo foi encerrado. Estamos no processo de construção de lideranças. Eu acredito que o Atila incorpora tudo isso”, acrescentou.
O ingresso das três legendas no arco socialista engrossa a base dos aliados de Atila, que possui a união agora de 18 partidos contra sete legendas de Donisete.
Feliz com o novo apoio, Atila inflamou discurso aos seus apoiadores, cobrando “energia” e “disposição” nos próximos 13 dias de campanha no segundo turno. “A cidade merece novo momento. Pela primeira vez, a cidade pode ter via alternativa de administração. É projeto sem vaidades. Ninguém discutindo cargos. Apenas focados em conseguir vencer a eleição e com humildade”, discorreu o socialista. 
Via DGABC

Técnicos do Nardini cruzam os braços

Funcionários da área de radiologia do Hospital de Clínicas Dr. Radamés Nardini, gerido pela Prefeitura de Mauá, paralisaram as atividades na manhã de ontem. De acordo com os 16 contratados pela terceirizada SPX Diagnósticos por Imagem, os salários estão atrasados há cinco meses. Serviços como ultrassom, tomografia, raio X e centro cirúrgico foram afetados, prejudicando o atendimento da população.

A equipe do Diário foi impedida de entrar no centro de Saúde, mas constatou a superlotação no espaço, além de grande número de pacientes deixados em macas nos corredores. Munícipes com cirurgias agendadas tiveram os procedimentos remarcados e aqueles que necessitavam de exames e não estavam internados foram encaminhados paras as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) Barão de Mauá e Vila Assis.
Por conta da falta do serviço de raio X, a cozinheira Maria Ferreira, 48 anos, teve que se dirigir até a UPA Barão de Mauá para realizar o exame. “Cheguei às 8h (no Nardini), fiquei duas horas esperando, para me falarem que não seria possível fazer o exame”, salienta. “Está um caos lá dentro. Tem muita gente de muleta e cadeira de rodas, que vai ficar sem atendimento.”
Com infecção urinária, a filha da dona de casa Célia Maria Lamim, 56, está internada no hospital desde o dia 11, e ainda não conseguiu realizar ultrassom. “Está cada dia pior. Escuto comentários de outras pessoas internadas relatando o mesmo problema.”
Vítima de AVC (Acidente Vascular Cerebral), a avó de Gabriela dos Santos está internada desde sexta-feira e ainda aguarda por tomografia. “Minha esperança era a de que realizassem o exame hoje (ontem). O estado dela está crítico, não podem deixá-la desse jeito”, desabafa a cabeleireira. “Além da precariedade do serviço, não alimentaram minha avó, que depende de sonda.”
“Tenho família para sustentar. Quem quer trabalhar de graça? Só queremos receber pelo que trabalhamos. É um direito nosso”, comenta funcionária que pediu anonimato.
Por volta das 11h, os trabalhadores se reuniram com o presidente da SPX Diagnósticos por Imagem, Valter Alexandre Luchetta, e com a superintendência do hospital. Os trabalhadores concordaram em voltar às atividades a partir da promessa de que o salário seja pago. Os pagamentos começaram a ser efetuados no fim da tarde de ontem.
Conforme o Sintaresp (Sindicato dos Tecnólogos, Técnicos e Auxiliar em Radiologia de São Paulo), a FUABC (Fundação do ABC) não efetua os repasses referentes ao serviço prestado pela terceirizada há cinco meses. “Queremos que o serviço seja mantido, sem atrapalhar o atendimento. Mas (a paralisação) é um direito que precisa ser preservado”, avaliou o porta-voz do sindicato Mário Cesar Mandoca.
Por meio de nota, o Hospital Nardini informou que o problema foi motivado pela falta do pagamento por parte da empresa aos seus funcionários e que a situação foi normalizada no período da manhã. A Prefeitura não esclareceu, no entanto, o motivo do atraso dos repasses à SPX Diagnósticos por Imagem.

OUTROS PROBLEMAS
Outro fator que atrapalha o atendimento são as obras de ampliação do hospital, que deveriam ter sido entregues em maio, conforme mostra a placa em frente à unidade. Foram investidos R$ 5 milhões. “Muitos cadeirantes têm dificuldade de acesso por causa das obras”, comenta Edivina Maria da Silva, 59. As intervenções do pronto-socorro têm previsão de término para dezembro.
Via DGABC

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Radar campeão de multa fica em Mauá

O trecho da Avenida Oscar Niemeyer, próximo à Avenida Ayrton Senna da Silva, no Jardim Oratório, em Mauá, conhecido popularmente como Complexo Jacu Pêssego, é responsável por abrigar o radar campeão de multas do Grande ABC. Apenas no primeiro semestre deste ano, 15.461 infrações foram flagradas pelo equipamento móvel, o equivalente a 84 multas por dia. A maior parte das ocorrências foi em razão do excesso de velocidade – o limite é de 70 km/h.
Os dados fazem parte de levantamento realizado pelo Diário junto às prefeituras. Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não retornaram aos questionamentos. Diadema, que no ano passado foi responsável pelo radar com maior número de multas, se negou a enviar os dados.
Instalado próximo à saída da Avenida Ayrton Senna da Silva, sentido São Paulo/Mauá, o radar móvel da Avenida Oscar Niemeyer é alvo de constantes reclamações por parte dos motoristas que trafegam pela via. “Moro ali perto e sou prova viva de que esse radar só tem o intuito de arrecadar. É um trecho de descida, em que é quase impossível de as pessoas andarem a 70 km/h. Além disso, é muito inseguro para os carros circularem devagar”, desabafa o ajudante de pedreiro Rubens Rena dos Santos, 47 anos.
Não bastasse possuir o radar campeão de multas, a Avenida Oscar Niemeyer também é responsável por abrigar o segundo equipamento com maior número de infrações na região.
Também localizado próximo à Avenida Ayrton Senna da Silva, só que no sentido Mauá/São Paulo, o outro radar aplicou, no primeiro semestre deste ano, 11.141 multas. “Sinceramente, não me surpreende muito. Não tem nenhuma sinalização avisando desses radares, mesmo eles estando quase todos os dias aqui”, relata a auxiliar contábil Fernanda Bonfim Marques, 26.
O ranking de multas ainda conta um detector móvel localizado na Avenida Artur de Queirós, altura do número 763, sentido bairro/Centro, em Santo André, com 10.621 infrações contabilizadas entre janeiro e junho deste ano (confira abaixo ranking com os cinco equipamentos que mais atuaram no Grande ABC).
TRANSPARÊNCIA - Mais do que criticar a má sinalização dos radares campeões de infrações, considerados ‘pegadinha’, motoristas da região criticam a ausência de transparência em relação ao destino dos valores arrecadados pela ‘indústria da multa’.
“Do que adianta multarem, sendo que ainda continuamos tendo diversos assaltos aqui na Jacu Pêssego por falta de muros mais altos”, afirma o caminhoneiro Humberto Martins, 53.
Na avaliação de especialistas, a suspeita de motoristas em relação ao destino da verba arrecadada com multas é plausível. “Falta uma certa transparência na caixa-preta das multas. É preciso criar um sistema para que todo usuário que leve uma infração tenha acesso para onde a arrecadação daquela multa foi aplicada. Dessa forma, as pessoas não irão mais questionar a tal indústria da multa”, avalia o professor de Engenharia da FEI (Fundação Educacional Inaciana) Creso Peixoto, especialista em transportes.
Além de concordar com a questão, o professor Luiz Vicente de Mello Filho, especialista em Mobilidade Urbana e Gestão Ambiental da Universidade Presbiteriana Mackenzie, também criticou o alto índice de multas apontado pelo levantamento. “Mais do que mostrar a infração cometida pelos motoristas, um número alto de multas mostra que a Prefeitura não está sendo eficaz em suas ações de prevenção”, pontua.

Número de infrações tem alta de 6%
De janeiro a junho deste ano, radares espalhados por quatro municípios do Grande ABC foram responsáveis pela aplicação de 629.744 multas. O número representa aumento de 6,06% quando comparado com as 593.760 autuações registradas no mesmo período de 2015 – foram excluídas da conta as atuações registradas em Diadema, que não forneceu dados de 2016.
Na somatória total dos valores, Santo André, São Bernardo e Mauá arrecadaram juntas mais de R$ 45,9 milhões com as multas aplicadas no primeiro semestre de 2016. São Caetano só forneceu o número de infrações, sem especificar quantia angariada.
Na análise de especialistas, o aumento do número de infrações deixa evidente a ineficiência do sistema de punição. “O que se nota é que mesmo com o aumento dos valores das multas, as infrações seguem em alta. Isso mostra que, na prática, os motoristas não se sentem intimidados com a atual fiscalização feita pelo País. É preciso rever esse sistema”, avalia o professor de Engenharia da FEI (Fundação Educacional Inaciana) Creso Peixoto, especialista em transportes.
Na avaliação do professor, além de dar mais transparência ao destino dos valores arrecadados, é necessário colocar em pauta a questão da Segurança no sistema viário. “Hoje muito se fala em Mobilidade, quando é necessário, antes de tudo, retornar às ações que visam a segurança dos motoristas. Esse é um ponto que foi deixado de lado e precisa ser discutido”.
Para o professor Luiz Vicente de Mello Filho, especialista em Mobilidade Urbana e Gestão Ambiental da Universidade Presbiteriana Mackenzie, a solução também engloba outros pontos. “O ideal seria que o governo colocasse na grade curricular infantil a questão da Mobilidade”, afirma.
Na avaliação de Mello, a aplicação de multas está estagnada. “O cenário atual mostra que só aplicar multa não tem melhorado a conscientização do motorista, muito menos intensificar os valores das infrações. É preciso se repensar na segurança do sistema”, avalia.
NÚMEROS - Campeão no valor arrecadado com multas, um total de R$ 21 milhões no primeiro semestre deste ano, São Bernardo foi o único município que apresentou alta na quantidade de infrações. De janeiro a junho de 2016 foram 629.744 contra 593.760 no mesmo período do ano passado, portanto, aumento de 31%.
Santo André, que aparece na segunda colocação, com um total de 183.090 multas aplicadas no primeiro semestre, arrecadou, no período, R$ 14 milhões.
Na sequência aparece Mauá, com 139.364 multas e arrecadação de R$ 10 milhões. São Caetano, que não informou o valor arrecadado, contabilizou, no primeiro semestre 39.638 multas.
Assim como ocorreu no ano passado, mais uma vez transitar em velocidade superior à máxima permitida em até 20% e avançar o sinal vermelho seguem sendo as infrações mais comuns flagradas por radares do Grande ABC.
Via DGABC

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Arbitragem inova e insere “desafio” do Vôlei no clássico Fla-Flu

Da redação

Flamengo e Fluminense se enfrentaram na última quinta-feira, 13 de outubro, pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro e, apesar dos três gols da partida – vitória do flamengo por 2x1, o destaque ficou por conta da lambança do trio de arbitragem: aos 39 minutos do segundo tempo, o zagueiro Henrique aproveitou cobrança de falta de Gustavo Scarpa e, em posição irregular, balançou a rede rubro-negra. Imediatamente, o auxiliar Emerson Augusto de Carvalho levantou a bandeira e sinalizou a infração, mas, sob pressão do zagueiro do tricolor e após rápida conversa com Sandro Meira Ricci, o árbitro da partida, o bandeirinha voltou atrás e o gol foi validado. Em seguida, os papéis se inverteram e os jogadores do flamengo partiram para cima da arbitragem.

Houve muita confusão, jogadores e comissões técnicas invadiram o gramado para contestar a decisão do trio de arbitragem. A paralisação, segundo a súmula, durou cerca de 10 minutos e, após muita conversa e muito empurra-empurra, Sandro Meira Ricci voltou atrás mais novamente e anulou de vez o gol, causando revolta nos jogadores do Fluminense, principalmente por parte do zagueiro Henrique, autor do gol.


 Dirigentes do Tricolor das Laranjeiras afirmaram que o clube entrará com um pedido para anulação do clássico e que a arbitragem sofreu interferência externa para tomar a decisão, inclusive com Ricci admitindo aos jogadores do Flu que o impedimento foi visto na TV. “- Espero que ele fale a verdade. Ele deu gol do Henrique, foi avisado pela interferência externa e voltou atrás. Ainda teve a questão dos acréscimos, o jogo ficou parado por muito tempo com atendimentos. A arbitragem se perdeu completamente no final. É com muita indignação que estamos aqui”, afirmou o diretor de futebol do Fluminense, Jorge Macedo. O Flamengo é vice-líder do Campeonato Brasileiro com 60 pontos, 1 atrás do líder Palmeiras. Já o Fluminense é o 6º colocado, com 46 pontos e briga para se manter no G6.

Donisete se omite sobre denúncias da Suzantur

Em meio a denúncias de redução da frota de ônibus municipais de Mauá, transferida parcialmente pela Suzantur para Santo André, conforme noticiado pelo Diário no início da semana, o prefeito e candidato à reeleição Donisete Braga (PT) tem se omitido sobre o assunto.
O petista, que no momento tem se dedicado à campanha eleitoral em que disputa o segundo turno, tem se negado a conceder entrevista sobre o tema, deixando evidente que as reclamações feitas por usuários sobre problemas operacionais dos coletivos que circulam no município estão em segundo plano.
Conforme denunciado pelo Diário na quarta-feira, passageiros de Mauá têm relatado maior tempo de espera em ao menos quatro linhas da Suzantur que operam na cidade. O problema no sistema de transporte público, segundo apuração do Diário, está diretamente relacionado à transferência de aproximadamente 20 a 30 veículos que circulavam em Mauá para a região da Vila Luzita, em Santo André, onde a empresa opera em substituição à Expresso Guarará, que enfrenta processo de falência.
Desde sábado, quando a Suzantur iniciou a operação de ônibus em Santo André, diversos veículos que têm circulado na região da Vila Luzita ainda permanecem com a pintura em tons vermelho e branco – padrão da frota de coletivos que atende Mauá. O fato tem gerado confusão entre os passageiros que utilizam o sistema de transporte público.
Segundo a Prefeitura de Mauá, o Paço não registrou “nenhuma reclamação referente a suposto intervalo maior entre os ônibus municipais nos últimos dias”. Em nota, a administração municipal destacou que “o índice de cumprimento de horários de partidas tem se mantido na casa dos 95%”. No entanto, a gestão Donisete Braga não respondeu, mais uma vez, qual é a frota da Suzantur que circula pela cidade. Procurado pelo Diário, o prefeito não retornou aos contatos telefônicos.
Esta é a segunda vez que o prefeito adota conduta omissa perante a possíveis irregularidades da Suzantur na operação de linhas municipais da cidade.
A primeira polêmica surgiu ainda em 2013 quando a viação comandada pelo empresário Claudinei Brogliato ingressou no sistema de transporte público de Mauá em caráter emergencial. Na época, o petista descredenciou as concessionárias que atuavam no município, a Leblon e a Cidade de Mauá, com a justificativa de que ambas cometeram invasão no sistema de bilhetagem. Até hoje o caso ainda é investigado pela Justiça.
A contratação emergencial da Suzantur, oficializada pelo também petista Carlos Grana (PT) na sexta-feira, é alvo de questionamentos na Justiça. Ao todo, quatro processos investigam possíveis irregularidades no certame. Em São Carlos, a viação também é investigada.

Coletivos são estacionados em ciclovia ao lado de terminal

A operação de 15 linhas municipais de Santo André sob gestão da Suzantur, que substitui a Expresso Guarará desde sábado, em processo de falência, ainda segue apresentando problemas. Além das reclamações feitas por passageiros em relação ao tempo de espera e superlotação dos coletivos, o Diário flagrou, ontem, veículos da viação estacionados na ciclovia ao lado do Terminal da Vila Luzita. Por cerca de dez minutos em que o coletivo ficou no espaço reservado, quatro ciclistas que passavam pela área foram obrigados a circular pela calçada, atrapalhando pedestres.
Questionada sobre o assunto, a Prefeitura de Santo André informou que o veículo estacionado em locais onde não há sinalização de parada é passível de autuação, no entanto, somente mediante flagrante do DET (Departamento de Engenharia de Tráfego). Não foi informado se houve autuação à empresa.
Usuário das linhas operadas pela Suzantur, o porteiro José Ivan Bonfim, 65 anos, relatou ontem as dificuldades enfrentadas por ele desde a saída da Expresso Guarará. “A gente chega a esperar 30 minutos para entrar numa lata de sardinha. O pior de tudo é que, se a gente chega atrasado no trabalho, leva suspensão”, desabafa.
Ainda com problemas no sistema de bilhetagem, passageiros seguem obrigados a descer fora do terminal para efetuar o pagamento da passagem em bilheterias.
VIA DGABC

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Volpi pede que seu eleitor vote em Donisete Braga

Um dia após ser expulso do PSDB, o ex-candidato a prefeito de Mauá, Clóvis Volpi, realizou ato de apoio ao prefeito e candidato à reeleição Donisete Braga (PT), na manhã deste sábado (8).
Donisete Braga e Clóvis Volpi
O ex-prefeito de Ribeirão Pires foi desfiliado pela direção estadual do PSDB justamente por ter anunciado na quinta-feira (6) apoio ao petista. Ele teve 37.065 votos e chegou em terceiro lugar na disputa, com 20,23% dos votos váildos. O PSDB vai oficializar apoio a Atila Jacomussi (PSB) neste sábado, às 19h30, em evento na Coke Luxe.
Volpi avaliou que tem como principal missão convencer seu eleitorado a não anular o voto no dia 30 de outubro. “Eles [que votaram em Volpi] já têm a convicção que o outro lado é ruim. Parte dos 37 mil votos que recebi já tem esse
pensamento. Minha função é fazer com que eles deixem de votar nulo e passem a votar no Donisete”, afirmou.
O ex-tucano voltou a questionar a decisão do PSDB de expulsá-lo e fez críticas a Atila Jacomussi.
“Eu sei aí que só a família Damo tem três secretarias, mais o vereador x tem outra secretaria e o vereador y outra. A cidade não é uma pizza que você dá um pedaço pra cada um”, afirma. “Espero que meus eleitores façam essa reflexão, pensem na cidade. Não é pura e simplesmente falar ‘eu quero tirar o PT’, não é isso que está valendo neste momento. O que está valendo é pensar: tira o PT e põe o que lá?”.
Debandada
Se por um lado Donisete conseguiu o apoio de Volpi, por outro lado assistiu nesta semana uma debandada de lideranças que mudaram de lado e se aliaram a Atila.
O PDT fazia parte do arco de alianças do petista e migrou para o candidato do PSB, o que inclui os vereadores Dr. Cincinato (PDT) e Fernando Rubinelli (PDT), filho do vereador Wagner Rubinelli (PT).
Outro partido que mudou de posição foi o PROS do vereador Severino do MSTU, que foi o mais votado de Mauá (teve 5.547 votos). O parlamentar oficializou o apoio a Jacomussi nesta sexta-feira (7), em evento na Coke Luxe.
“Nossa chapa contribuiu para que eles [vereadores que mudaram de lado] fossem eleitos. Inclusive tem vídeos gravados criticando nosso adversário. Certamente os eleitores saberão dessas questões. Quem tem que considerar se foi traição ou não são os eleitores”, afirmou Donisete Braga.
Com as recentes adesões, a coligação de Atila Jacomussi é formada agora por 14 partidos: PSB, PMDB, PCdoB, DEM, PRP, PR, PEN, PSDC, PSL, PRTB, SD e PDT, PROS e PSDB.

Via Repórter Diário

Fechamento da UPA para reforma em RP é parte das medidas de corte de gastos

Com fechamento anunciado para o dia de hoje, a UPA de Ribeirão Pires terá seu atendimento transferido para o Hospital São Lucas, onde funciona o Pronto Socorro Infantil, que há pouco tempo teve suas obras finalizadas.
O fechamento da Unidade de Pronto Atendimento (UPA)  Santa Luzia é parte das medidas tomadas pela Prefeitura do município para corte e controle de gastos.
Também como medida para controle de gastos, na semana passada o atual prefeito da Estância, Saulo Benevides (PMDB) anunciou a exoneração de cinco secretários, 97 servidores comissionados, exonerados na quarta-feira. O corte pegou ainda os estagiários, 70 dos 120. Está prevista ainda a exoneração de outros seis secretários.
Outra medida que vem sendo tomada pela Prefeituta é a renegociação de débitos com fornecedores, um dos grandes problemas da gestão. Um exemplo que foi bastante citado, inclusive em noticiários televisivos, é o caso da empresa de Iluminação Pública, Ribeirão Luz, que em agosto deste ano anunciou que estaria legalmente rompendo contrato com a Prefeitura, já que a ausência de pagamentos pelo período de sete meses alcançava uma dívida de cerca de R$ 2 milhões.
Para o Paço, as medidas visam reduzir gastos com a máquina pública, estimando a economia de R$1,5 milhão até o final do ano.
Após dezenas de comentários movimentarem grupos de moradores de Ribeirão Pires nas redes sociais quanto ao suposto fechamento da Unidade de Pronto Atendimento Santa Luzia, a Prefeitura de Ribeirão Pires divulgou nota oficial sobre a situação.
“A Prefeitura esclarece que a informação correta é que o equipamento público será interditado temporariamente para reforma e todo o atendimento de urgência e emergência passará a acontecer no Hospital e Maternidade São Lucas, onde hoje já funciona o PS Infantil”, declarou.
Em contato com o secretário de Comunicação da Estância, Thiago Quirino, foi informado que nenhum dos serviços será prejudicado com a transferência do atendimento, já que a reforma na unidade hospitalar possibilitou a ampliação dos serviços, afirmando ainda que o hospital tem capacidade de atender a todo o municipio.
Questionado acerca da empresa que prestaria os serviços de reforma, valor a ser investido e prazo de término, Quirino informou que “como quem realizará o serviço será o próprio pessoal da Prefeitura, ainda não sabemos quanto será investido. Só saberemos quando as obras começarem”. As obras terão duração de 60 dias, com início hoje.
Quirino não falou em números, mas indicou que com o fechamento da unidade, 60% dos servidores que atuam na UPA serão exonerados, os demais devem ser transferidos para o Hospital e Maternidade São Lucas, onde serão concentrados todos os atendimentos.
A medida radical visa na verdade colocar as contas da Prefeitura em ordem. A Prefeitura estaria com uma dívida que pode alcançar até o final do ano R$ 150 milhões.
Poder Judiciário
Na tarde de ontem o Ministério Público, com base em denúncia feita pela Câmara e um Boletim de Ocorrência registrado por uma médica, passou a contestar o fechamento da UPA, analisando a viabilidade do serviço ser prestado apenas pelo Hospital São Lucas.
Até o fechamento desta edição a Prefeitura ainda não havia recebido notificação de que o fechamento havia sido proibido pela Justiça e se comprometeu a trabalhar de acordo com a determinação do Poder Judiciário.


Fechamento da UPA vira caso de polícia

Apesar do anúncio de fechamento previsto apenas para hoje, a UPA de Ribeirão Pires trabalha sem médicos plantonistas desde quinta feira, dia 7. Pacientes que procuravam a unidade eram encaminhados ao Hospital São Lucas, ou para a UPA de Rio Grande da Serra.
No início da tarde de quinta-feira uma médica da UPA registrou Boletim de Ocorrência na Delegacia de Ribeirão Pires informando que desde as 19h daquele dia, até as 7h de ontem, dia 10, não havia escala de médicos para atendimento da população na unidade, informando que a diretora da UPA e o secretário de Saúde foram exonerados e não havia ninguém responsável pela saúde do município.
No início da madrugada de sexta-feira, dia 8, um desentendimento entre uma recepcionista, um enfermeiro e um conselheiro de Saúde terminou na Delegacia.
De acordo com Boletim de Ocorrência de natureza não criminal, o conselheiro de Saúde teria sido solicitado para verificar a remoção de pacientes e possível fechamento da Unidade e funcionários do local se declararam ofendidos com sua abordagem.

Via Folha de Ribeirão Pires

Saulo tem votação inferior a quando se reelegeu vereador

O sexto lugar na eleição do dia 2, quando tentou se reeleger, mostrou o enfraquecimento político do prefeito de Ribeirão Pires, Saulo Benevides (PMDB). Quatro anos atrás, quando superou Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS), e a ex-prefeita Maria Inês Soares (PT) nas urnas, o peemedebista consagrava sua carreira eleitoral, que teve como feitos ser o mais votado à Câmara por duas oportunidades. Após o resultado desta eleição, incertezas rondam Saulo.
Saulo Benevides (PMDB)
O chefe do Executivo recebeu apenas 1.616 votos, equivalentes a 2,77% dos válidos. Ficou atrás, por exemplo, de sua atual vice, Leo da Apraespi (PMB), que convenceu 3.755 eleitores, mais que o dobro do peemedebista (ela terminou na quinta colocação). Saulo teve um dos piores desempenhos de prefeitos no Brasil que tentavam novo mandato.
A prova da derrocada é a comparação dos votos registrados agora com os de eleições a vereador no passado. Os votos obtidos pelo peemedebista quase alcançam o patamar atingido por ele quando se elegeu pela primeira vez ao Legislativo, em 1996. À época no PSDB, Saulo foi o vereador eleito com mais adesões na cidade, 1.111 eleitores. Já em 2000, quando foi reeleito para Câmara, ele chegou a 1.816 votos – número maior, inclusive, do que a quantidade de eleitores que aderiram ao seu projeto neste ano.
Para pessoas próximas ao chefe do Executivo, o principal motivo de sua queda, desde que era vereador até seu primeiro mandato como prefeito, foi a escolha de sua equipe de governo. “O Saulo não é uma pessoa ruim, mas o secretariado não era bom. Ele deixou a Prefeitura na mão dos secretários. Quando você deixa a sua casa nas mãos de outras pessoas, isso acontece. A vice não tinha poder. A dívida que vem aí é culpa do secretariado, que ficou muito à vontade”, analisa o atual presidente da Câmara, José Nelson de Barros (PMDB), que já havia trabalhado com Saulo no Legislativo por três mandatos. “Além disso, para mim, ele desistiu da campanha. Ele abriu mão e entrou em decadência. Se o Saulo fosse levar essa eleição até o fim, poderia ter havido uma votação muito melhor. Foi um cenário diferente. Eu acabei ganhando um pouco com isso porque consegui votos do Dedé na Quarta Divisão. O Dedé acabou me ajudando”, continuou o peemedebista, referindo-se à debandada de candidatos, inclusive vereadores, da base de Saulo para a de Dedé na última semana antes do pleito.
De volta à Câmara, agora em seu quinto mandato, aos 74 anos, João Lessa (PSDB), que também conviveu com Saulo, evitou criticar o prefeito. “Em primeiro lugar, ser vereador é completamente diferente de ser prefeito. A votação foi tão baixa porque a maior parte dos candidatos a vereador se bandeou para outros lados. Abandonou a campanha do Saulo e foi para o lado do Dedé. Outra questão é que chegou uma hora em que ele parecia que tinha desistido da campanha à reeleição. Ficamos 16 anos juntos na Câmara. O Saulo é uma pessoa muito boa, não era para ter passado por essa situação. Talvez tenha sido mal assessorado, tenha tido secretariado ruim”, analisa.
FALHAS
Sem admitir erros na gestão ou na campanha, Saulo disse que passou por uma situação “atípica”. “(Houve) Um excesso por parte da imprensa tendenciosa e a população não entendeu meu projeto de desenvolvimento (para cidade), além de crise (econômica e política) do País”, analisa. “Creio que ficaríamos em terceiro (na corrida eleitoral), mas na reta final perdi o apoio de partidos e aí se espalhou que eu tinha desistido (de ser candidato), então a votação despencou”, justifica.
De acordo com o prefeito, boatos políticos o atrapalharam, mas a gestão foi boa, segundo ele. “Faltou divulgação das ações positivas. Eu quis economizar não contratando uma agência de publicidade. Administrei uma cidade endividada, fiz o que pude. Só trabalhei. Acho que investiria menos na educação, pois não teve reconhecimento”, aponta.
Na gestão, Saulo colecionou problemas: falta de pagamento a fornecedores, ameaça de corte no fornecimento de energia elétrica, greve de professores, mudança nos índices de reajuste do funcionalismo. O prefeito, porém, evita falar sobre o futuro que vem depois de dezembro.

Mauá com menos ônibus

A operação conturbada da Suzantur em Santo André, noticiada desde sábado pelo Diário, também tem gerado reclamações por parte de passageiros do transporte público de Mauá, cidade onde a empresa opera desde 2013. Segundo usuários do sistema, desde o início da semana ao menos quatro linhas da viação têm apresentado maior tempo de espera.
Conforme apurado pela equipe do Diário, o intervalo de circulação dos coletivos está diretamente relacionado à transferência de aproximadamente 20 a 30 veículos que circulavam em Mauá para a região da Vila Luzita. A gestão do prefeito Donisete Braga (PT) nega a informação.
Desde sábado, quando a Suzantur iniciou a operação de ônibus em Santo André, diversos veículos que têm circulado na região da Vila Luzita ainda permanecem com a pintura em tons vermelho e branco – padrão da frota de coletivos que atende Mauá. O fato tem gerado revolta por parte de passageiros que utilizam o sistema de transporte público.
Usuário da Linha 041 Vila Mercedes, o aposentado Osvaldo Luiz, 62 anos, disse ter notado diminuição da frota de veículos da empresa após o período eleitoral, mesma semana em que a Suzantur foi selecionada pela Prefeitura de Santo André para operar em caráter emergencial 15 linhas de ônibus que circulam na região da Vila Luzita, em substituição à Expresso Guarará, que está em processo de falência. “Depois que acabou o primeiro turno, tem demorado bem mais a circulação dos ônibus. As filas estão bem maiores.”
Segundo a dona de casa Vanessa Neri, 33, usuária da mesma linha, o tempo de espera, que antes era de 20 minutos, atualmente tem sido de até meia hora. “Agora mesmo (ontem) passou um ônibus, mas como tinha muita gente, vou ter de esperar o próximo”, relata.
O auxiliar operacional Carlos Monteiro, 58, que utiliza a linha 136 Canadá, foi outro que mostrou insatisfação com o maior tempo de espera. “Antes, não ultrapassava 20 minutos, agora fico bem mais que isso (esperando). Para piorar, eles (empresa) têm reduzido a quantidade de veículos à tarde. Se de manhã tem três carros rodando em horário de pico, agora, às 16h, são só dois.”
Usuários que utilizam as linhas 089 Radial e 072 Nova Mauá também denunciaram aumento no intervalo entre um coletivo e outro. “Desde quando a Leblon saiu da cidade isso daqui só tem piorado, principalmente as bilheterias que carregam o SIM (Sistema Integrado Mauá)”, relata a auxiliar de recursos humanos Camila Gomes Rocha da Silva, 27.
Desde sábado, quando a Suzantur iniciou a operação de ônibus em Santo André, diversos moradores que utilizam o sistema de transporte público de Mauá têm utilizado a página do Diário no Facebook para criticar, por meio de comentários, o maior tempo de espera dos coletivos na cidade e também os problemas operacionais da companhia, tais como filas nas bilheterias e frota insuficiente.
Segundo a Prefeitura de Mauá, a entrada da Suzantur em Santo André não ocasionou “ diminuição da frota de ônibus que atende a cidade”. Em nota, a administração informou que “todas as partidas previstas contratualmente estão sendo cumpridas regularmente”. No entanto, o Paço não retornou aos questionamentos do Diário sobre a quantidade de veículos que atendem atualmente a cidade e quantos coletivos estão disponíveis na reserva, em casos de problemas na frota circulante.
Já o proprietário da Suzantur, Claudinei Brogliato, questionado sobre o assunto negou a informação sem dar detalhes. “Lógico que não.”
A contratação emergencial da Suzantur, oficializada pelo prefeito Carlos Grana (PT) na sexta-feira, é alvo de questionamentos na Justiça. Ao todo, quatro processos investigam possíveis irregularidades do processo. Em Mauá e São Carlos, onde a empresa também assumiu o transporte municipal de maneira emergencial, a Suzantur também é investigada.
 Sem garagem, veículos são guardados em terreno baldio
Sem garantias do proprietário da Suzantur, Claudinei Brogliato, para aquisição de uma garagem em Santo André, funcionários que operam 15 linhas de ônibus na região da Vila Luzita estão sendo obrigados a utilizar um terreno abandonado como estacionamento dos coletivos que têm circulado na cidade.
Localizado a menos de 200 metros do Terminal da Vila Luzita, na Avenida Dom Pedro I, o terreno de antiga fábrica de ziper além de estar sendo utilizado como estacionamento para os veículos também tem sido usado por funcionários da Suzantur como local improvisado para manutenção dos coletivos, mesmo não oferecendo qualquer tipo de área preparada para receber tal serviço.
Ontem, por volta das 15h30, o Diário esteve no espaço e constatou que seis funcionários realizavam a limpeza de quatro veículos estacionados no terreno. Já no Terminal da Vila Luzita, outro funcionário da Suzantur estava com um veículo da empresa realizando manutenção de coletivos nas próprias plataformas de parada dos coletivos, somente com uma caixa de ferramentas.
Sem garagem, funcionários relatam estar abastecendo os ônibus num posto de combustível, localizado na Estrada Cata Preta. Além disso, revelam que estão usando pequena sala do terminal para horário de descanso.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Restaurante popular fecha por falta de pagamento em Mauá

“Todos os dias venho aqui e nunca tinha acontecido isso. Agora, não sei o que faço. Um prato num restaurante comum custa o preço que gastaria para comer aqui durante duas semanas. É difícil para a gente que tem o dinheiro contado”. O desabafo do reciclador Robson de Paula, 40 anos, evidencia o transtorno causado pelo fechamento do Restaurante Popular São João, em Mauá, ontem. A unidade, que oferece almoços a R$ 1 a cerca de 1.000 pessoas por dia, interrompeu o atendimento por tempo indeterminado devido a atrasos nos repasses por parte da Prefeitura à empresa fornecedora dos alimentos.
Unidade Restaurante Popular no São João
Conforme o Portal da Transparência da Prefeitura, a gestão do prefeito Donisete Braga (PT) deve R$ 646,37 mil à A Melhor Alimentação e Eventos Ltda, contratada em novembro de 2015. O último repasse feito à empresa, no valor de R$ 396,37 mil, foi realizado em janeiro e é referente à nota fiscal de R$ 900 mil emitida no mesmo mês. Mais três notas foram protocoladas pela terceirizada até este mês, somando R$ 250 mil em débitos.
Por meio de nota, a Prefeitura justificou que o serviço destinado à população carente “foi temporariamente suspenso por dificuldades no cronograma de pagamento da empresa que fornece as refeições no local”. A administração destacou ainda que está negociando com o fornecedor e que a previsão é restabelecer o atendimento nos próximos dias, sem definir uma data. O comunicado informa ainda que a Secretaria de Serviços Urbanos de Mauá iniciou manutenção do equipamento público. Não foram destacadas as melhorias previstas.
Em paralelo, a Prefeitura de Mauá homologou, em setembro, contrato com a Belamesa Comércio de Produtos Alimentícios em Geral, que vende o quilo da almôndega ao Paço pelo valor de R$ 21,94 para alimentação escolar. A efetivação do acordo mostra que, numa diferença de quase dois anos, a administração mauaense aceitou desembolsar 113% a mais pelo alimento.
O Diário mostrou que, até novembro de 2014, Donisete Braga pagava R$ 10,30 pelo quilo do alimento em contrato com a Boscatti Indústria e Comércio Ltda. No convênio seguinte, assinado em maio de 2015, o valor da carne já saltou para R$ 20 com a BH Foods Comércio e Indústria Ltda como fornecedora – acréscimo de quase 100%.
DESCASO
Na manhã de ontem não havia nenhum comunicado sobre a interrupção dos serviços na unidade São João do restaurante popular. Um funcionário do local informava, pelo portão, que o espaço estava em manutenção. Em alguns casos, o colaborador chegou a sugeriu para frequentadores que se dirigissem à unidade do Centro, localizada a cerca de 30 minutos do bairro.
Para o ajudante geral Domingos Rodrigues, 57, o fechamento do restaurante evidencia o descaso da Prefeitura com os moradores mais necessitados. “Para algumas pessoas, R$ 1 não faz falta. Mas para nós, esse dinheiro é a única garantia de comida. É injusto eles fecharem um serviço essencial.”
Atualmente, Mauá possui apenas dois Restaurantes Populares do governo federal, um no bairro São João e outro na região central. Nas duas unidades são servidas cerca de 1.000 refeições por dia em cada uma de segunda a sexta-feira.

Via DGABC