A AES Eletropaulo efetivou ontem, no começo da tarde, o corte no fornecimento de energia elétrica em prédios públicos de Ribeirão Pires alegando falta de pagamento de faturas por parte da Prefeitura. A concessionária alega que há débitos pendentes desde maio, enquanto a administração municipal admite ter dívida de R$ 273,9 mil por apenas dois boletos em aberto.
Entre os prédios afetados pela medida estavam o Paço, a Biblioteca Olavo Bilac, o Complexo Ayrton Senna e o Mirante Santo Antônio. O governo do prefeito de Ribeirão, Saulo Benevides (PMDB), informou que pagou parte do passivo durante a tarde – não revelou valores nem se havia mais contas em atraso – e aguardava pelo religamento da luz nesses equipamentos. Ainda à tarde, encerrou o expediente. A expectativa é que o serviço seja retomado hoje pela manhã. Escolas e hospitais ficaram fora da lista de interrupção do serviço por parte da AES Eletropaulo.
A postura de ontem foi diferente da do ano passado, quando a concessionária havia ameaçado o corte do fornecimento de energia, mas recuou depois de sinalização por parte da gestão de Ribeirão Pires. Pela manhã, a equipe do Diário foi aos equipamentos que possivelmente seriam afetados pela paralisação, porém, técnicos da AES Eletropaulo ainda não haviam desligado os disjuntores.
“Soubemos do pagamento, mas as tratativas para que haja acordo quanto ao restante da dívida continuam”, discorreu a AES Eletropaulo. Na quarta-feira, a Prefeitura de Ribeirão Pires disse que esse passivo, ainda da negociação do ano passado, foi parcelado em 12 vezes – cada fatia de R$ 136,9 mil. Argumentou que houve queda de 40% da arrecadação e que todos os contratos com fornecedores estão em fase de revisão “para adequar à nova realidade financeira do município”.
Foi o segundo corte de energia em prefeituras do Grande ABC nesta semana. Na segunda-feira, a concessionária interrompeu o serviço em Santo André, também por falta de pagamento. A dívida, conforme dados do Portal da Transparência, chegava a R$ 5,3 milhões, em boletos em abertos desde maio. A administração andreense, sob comando de Carlos Grana (PT), classificou a decisão como “arbitrária” e “equivocada” por alegar que paga mensalmente 80% da fatura – 20%, segundo Grana, estão em discussão pela reurbanização da antiga favela do Gamboa, em área que pertence à AES Eletropaulo, mas com obra com recursos estritamente públicos.
Via Diário do Grande ABC
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