Em tempos onde a palavra chave é economia, muitos
empresários optam por investir em dois segmentos para aproveitar o espaço. A
iniciativa pode garantir a manutenção do local quando as vendas não são das
melhores, diferenciar o estabelecimento da concorrência e render melhor
resultado no caixa.
Esse é o objetivo da recém-inaugurada Barbearia
Burning House, de São Caetano. O salão, especializado em cuidar da estética
masculina, com modelagem na barba e corte de cabelo, também comercializa roupas
e acessórios, com destaque para camisetas com estampas que envolvem a rotina
dos barbeiros. As vestimentas custam de R$ 55 a R$ 160.
“Temos uma marca de roupa que está em diversas
cidades do Brasil, percebemos que ela tinha muita saída em barbearias.
Resolvemos então unir os dois negócios. Está dando muito certo, tem gente que
vem pra comprar roupa, mas acaba cortando o cabelo. E tem aquele que vem fazer
a barba e resolve comprar alguma coisa”, explica o sócio-proprietário, Eric
Oliveira, 35.
Mirella Cestari, 38, é estilista, modelista e
proprietária da Avessa, em Santo André. Na loja gosta de customizar roupas e
acessórios e uniu o útil ao agradável ao abrir uma loja de roupas e um ateliê.
O cliente pode se interessar por uma calça e pedir que customize a peça com
pedrarias e rendas. “Sinto que a junção deu um ar de exclusividade à loja. Você
encontra materiais que podem dar uma cara única para uma peça comum”, analisa.
O único problema, segundo Mirella, é que o ateliê demanda tempo. Cerca de 40%
do lucro do estabelecimento vem das confecções próprias da Avessa, incluindo o
ateliê, já 60% é das revendas de roupas de outras marcas.
Neusa Maria Gomes, 50, possui um salão de
cabeleireiro e um brechó, em Mauá. Ambos os negócios ficam no mesmo espaço.
“Foi uma forma de aumentar o orçamento e deu certo”, diz a cabeleireira, que
está no mercado há 22 anos e há sete meses diversificou com brechó.
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