Quem trafega pelas vias do Grande ABC encontra frequentemente placas de sinalização pichadas, entortadas e até de ponta-cabeça. O péssimo estado de conservação desses equipamentos atrapalha o fluxo de veículos e confunde motoristas. Responsáveis pela manutenção, as prefeituras podem ser processadas em caso de acidentes nos quais a falta de informação de trânsito tenha influência direta pelo ocorrido, segundo especialista.
A equipe de reportagem percorreu importantes vias de quatro cidades e detectou problemas que impossibilitam que o motorista enxergue as orientações. Um dos locais onde as placas apresentam condições inadequadas é na Avenida Giovanni Battista Pirelli, em Santo André. Na importante via de ligação entre o município andreense e Mauá, trechos em ambos os sentidos apresentam sinalizações pichadas e encobertas por folhas de árvores.
A mesma situação acontece na Avenida dos Estados, onde a copa das árvores cobre informações sobre acessos e limite de velocidade.
Em São Bernardo, na Rua Mateus Demarchi, no bairro Demarchi, o vento entortou a sinalização de proibido parar e estacionar. Já em Mauá placas que indicam o limite de velocidade na Avenida Barão de Mauá, sentido Centro, foram viradas de ponta-cabeça.
Em Ribeirão Pires a situação é ainda mais complicada. Diversas placas estão ilegíveis, sendo impossível determinar qual a indicação que deve ser seguida. Um desses casos ocorre na Avenida Humberto de Campos, onde o estado do equipamento é tão crítico que a tinta vermelha da borda da chapa escorreu e cobriu a norma a ser seguida.
Na Rua Major Cardim o letreiro está torto, sendo que a 100 metros de distância não é possível identificar os dizeres sobre os acessos a Mauá e ao Centro.
Conforme explica o especialista na área de transporte e mobilidade urbana da UFABC (Universidade Federal do ABC) Humberto de Paiva Júnior, caso ocorram acidentes onde a sinalização não é adequada, as administrações municipais podem ser processadas. “Se ficar comprovado que houve falhas na sinalização, os envolvidos nos acidente podem indiciar a Prefeitura. Se uma placa estiver encoberta ou ilegível, o motorista pode alegar que não tem culpa por possíveis irregularidades”, afirmou.
Outro problema que pode ser ocasionado pelo mau estado dos equipamentos é o agravamento do trânsito. “Sem as informações corretas, os condutores podem perder o tempo de reação necessário enquanto dirigem. Caso ele não conheça o lugar por onde está trafegando, a situação pode ser pior ainda, o que pode gerar até acidentes.”
Paiva também indicou que a população pode ajudar a solucionar os transtornos. “É importante ligar para as secretarias de trânsito e informar onde está o problema”, disse.
PREFEITURAS
Questionadas sobre o assunto, somente as administrações de Santo André e Ribeirão Pires retornaram. Mauá e São Bernardo não se posicionaram sobre o assunto até o fechamento desta edição.
Em Santo André a Prefeitura afirmou, por meio de nota, que realiza manutenção de acordo com planejamento prévio e que casos pontuais são atendidos quando há solicitações. Ainda de acordo com o Paço, o Departamento de Parques e Áreas Verdes foi acionado para a realização de poda das árvores nos casos citados em que as placas foram encobertas pela vegetação.
Em Santo André a Prefeitura afirmou, por meio de nota, que realiza manutenção de acordo com planejamento prévio e que casos pontuais são atendidos quando há solicitações. Ainda de acordo com o Paço, o Departamento de Parques e Áreas Verdes foi acionado para a realização de poda das árvores nos casos citados em que as placas foram encobertas pela vegetação.
Já a Prefeitura de Ribeirão Pires informou que “trabalha com um cronograma de manutenções em placas e sinalização de solo. Os locais serão vistoriados e entrarão na ordem de serviço para reparos”. Porém, não informou quando será feito o reparo nos locais indicados.
Via Diário do Grande ABC
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