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terça-feira, 1 de novembro de 2016

Sesi recua e mantém unidade do Itapark aberta em Mauá

O Sesi-SP (Serviço Social da Indústria de São Paulo) voltou atrás da decisão de fechar a unidade do Jardim Itapark, em Mauá, anunciada há pouco mais de um mês. Após período de negociação, pais e a direção da instituição chegaram a acordo. A partir de 2017, os alunos do Ensino Médio serão transferidos para o Jardim Zaíra. Com isso, o espaço, localizado há mais de três décadas na cidade, manterá apenas 288 estudantes do Ensino Fundamental.
De acordo com o superintedente do Sesi-SP, Walter Vicioni, a solução foi aprovada em reunião realizada na manhã de ontem, e foi saída para atender as reivindicações em relação ao transporte. “Os alunos do Ensino Médio, que já têm a partir de 15 anos, têm condições de se locomover de forma independente. No Zaíra, eles terão melhores condições. Estamos terminando de reformar a piscina. Lá temos quadras de esportes, campo de futebol, ginásio coberto e laboratórios. Os estudantes também estão mais próximos do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial)”, destaca.
A unidade do Jardim Itapark passou a ofertar Ensino Médio em 2008. Conforme Vicioni, as duas salas que ocupavam as quatro turmas da última etapa da Educação Básica, sendo duas no período da manhã e duas à tarde, vão dar lugar a laboratórios de robótica e informática, onde os alunos vão ter aulas de Ciência e Tecnologia. “Já estamos providenciando os equipamentos para a montagem”, garante Vicioni.
A partir de 2017, a unidade também passará por mudança curricular, ação que deve ser implementada em todo o Sistema S. “São os eixos de desenvolvimento do currículo. As disciplinas continuam como são hoje, porém voltadas mais para a aplicação. Por exemplo, não serão apenas aulas de história, mas a compreensão do que significou a proclamação da República, ligando até a escravidão e importância de hoje”, explicou.
HISTÓRICO
No dia 26 de setembro, a instituição anunciou aos pais dos estudantes da unidade do Jardim Itapark, por meio de bilhete, o fechamento da escola. Os alunos seriam transferidos para outras unidades da cidade, como a do Jardim Adelina.
Para o trajeto, seriam necessárias três integrações de ônibus, o que trouxe preocupação aos pais. “O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaff, também se sensibilizou. Chegamos a essa solução, que foi recebida bem e que gera espaço para fazer as melhorias curriculares. A escola vai ganhar muito e crescer em média e resultados”, disse Vicioni.
O Sesi é mantido por recursos provenientes de contribuições mensais – no valor de 1,5% do montante da remuneração paga aos empregados – recolhidas compulsoriamente das indústrias que, com a crise econômica pela qual o País atravessa desde o ano passado, têm cada dia mais enfrentado perda de receita. 
Via DGABC

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