Moradores da Travessa Bárbara, no bairro Centro Alto, em Ribeirão Pires, passam por situação difícil há tempos. Segundo a vizinhança, mais de 300 cachorros e gatos estão amontoados em uma residência na via e sofrem agressões por parte da proprietária.
A reportagem esteve no local e, de dentro de uma das casas da vizinhança, avistou seis cachorros com aparência ruim e comportamento agressivo.
O mau cheiro e as moscas também integram as reclamações dos munícipes, que não deixam as janelas abertas nem comidas expostas. Era possível ver grande quantidade de fezes por todo o quintal. Além da sujeira, pode-se observar comportamento violento por parte dos cães, que rosnavam e brigavam entre si.
Segundo os moradores da área, a dona da casa tem histórico problemático no local e quase agrediu uma vizinha. “Eu fui falar calmamente com ela a respeito dos animais, que estão em situação crítica, e do mau cheiro que fica na minha casa, e ela quase me agrediu”, comenta a mulher, que preferiu não se identificar. “O pior de tudo é saber que eles (animais) estão sofrendo lá dentro”, completa.
Outra moradora, que também não quis dar o nome, afirma que a mulher agride os animais com socos, pontapés e pedaços de pau. “Ela os chama de demônios, gritando e batendo bem forte. Eu me sinto impotente em ouvir e não poder fazer algo”, relata. “Já tentamos conversar com ela e não adianta. Ela xinga e deixa a gente falando sozinha.”
“Outro dia senti um cheiro muito forte em casa e não era de fezes. Quando olhei pela janela, era um cachorro morto”, fala outra moradora anônima, abalada. “Minha casa fica cheia de moscas e minhas filhas sempre estão com virose. É nojento e repugnante.”
A vizinhança afirma que já notificou a Prefeitura, que fez vistorias no local em 2014 e constatou irregularidades na criação dos animais. “Entraram no local, viram a situação e até agora nada. E os cachorros e gatos cada vez piores, mais doentes e maltratados”, diz uma das moradoras.
No momento em que a reportagem estava no local, a dona dos animais não estava em casa. A equipe de reportagem tentou contato por telefone, mas não teve retorno.
Via Diário do Grande ABC
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