O preço médio que consumidores do Grande ABC estão dispostos a pagar por presente neste Natal é de R$ 176,50 e o gasto médio reunindo várias lembranças não deve ultrapassar R$ 351,00.
Comparativamente ao Natal do ano passado, apesar do aumento em termos nominais, o valor real dos presentes – aplicada a inflação do período – apresenta redução de 2,6%, conclui Pesquisa de Intenção de Compras (PIC) desenvolvida pela Universidade Metodista de São Paulo.
A expectativa é de que o Natal de 2016 movimente cerca de R$ 236 milhões na região, 7,4% melhor que o valor financeiro estimado para o ano passado, porém 14% mais baixo se deflacionado.
Cerca de 674 mil famílias do ABC deverão comprar presentes para a data, dentro de uma população de 2,5 milhões de moradores.
A menor disposição do consumidor em gastar é atribuída à queda da renda provocada pelo alto desemprego no ABC (15,5% da População Economicamente Ativa) e também à redução do número de pessoas a serem presenteadas. “Nesta pesquisa, 70% dos entrevistados revelaram que a situação econômica financeira da família piorou ou permaneceu estagnada”, aponta professora Silvia Okabayashi, coordenadora do curso de Ciências Econômicas, responsável pelo levantamento por meio do Observatório Econômico.
Os itens que mais se destacaram entre os presentes a serem dados foram mais uma vez vestuários e calçados (47,9%), perfumes e cosméticos (15,1%) e brinquedos (12%). Vestuário e perfumes também são os itens que as pessoas mais gostariam de ganhar, mas em terceiro lugar aparece o celular (10,5%).
Preço determina compra
Entre aqueles aos quais se pretende presentear neste Natal, destacam-se mães (23,5%), filhos (15,2%), pais (14,3%), esposos (14%) e namorados (9,5%). Pela primeira vez na PIC de Natal, o preço do presente aparece em 1º lugar na motivação para a compra. Ao lado do desejo da pessoa a ser presenteada, foram apontados por 71% como sendo os principais determinantes da compra. A qualidade do produto foi lembrada por 14,3% dos entrevistados. Shoppings continuam a liderar a preferência (45,6%) dos consumidores, seguidos de comércio do centro (36,5%) e comércio de bairros (7,2%).
Outro sintoma de que os bolsos se ajustaram ao momento econômico e que poucos querem assumir dívidas pode ser encontrado na forma de pagamento: o cartão de débito e o dinheiro à vista serão utilizados por 61,2% dos entrevistados. Só um terço (34,4%) pretende usar cartão de crédito, que prevê parcelamentos futuros.
O levantamento teve como base questionários com 30 questões, aplicados nas principias ruas de comércio do centro de cada uma das sete cidades da região, shoppings e principais bairros de cada município. A amostra somou 609 questionários, aplicada entre 4 e 18 de novembro. 57% do público foram mulheres e o restante homens, com idade média de 33 anos. Quanto ao nível de renda, 55,4% dos entrevistados revelaram ter renda familiar entre 3 e 10 salários mínimos (entre R$ 2.364 e R$ 7.880), fator determinante nas decisões referentes ao tipo de comércio, ao preço e à disposição em gastar.
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