As sete cidades da região têm hoje 227 mil desempregados. A
informação é da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada entre a
Fundação Seade, o Dieese e o Consórcio Intermunicipal Grande ABC, e divulgada
nesta quarta-feira (21). Após cinco meses de queda no número de pessoas que
perderam emprego, o estudo aponta um aumento de 15,5% em outubro para 16% em
novembro. A maior eliminação de postos de trabalho aconteceu na área de
Serviços.
A pesquisa aponta um aumento no contingente de desempregados
de 5 mil pessoas em relação ao apontado em outubro. Segundo o estudo, a causa
da subida desta estimativa é a redução do nível de ocupação com a eliminação de
18 mil postos de trabalho (-1,5%), número superior ao decréscimo da População
Economicamente Ativa (PEA). Treze mil pessoas saíram da força de trabalho na
região.
A taxa de participação das pessoas no mercado de trabalho,
tanto empregadas quanto procurando emprego, diminuiu de 62,1% para 61,5%. “O
que estamos vendo também, principalmente a partir do segundo trimestre deste
ano, é a saída das pessoas do mercado de trabalho, o que nós associamos com a
desistência da procura (de um emprego). A pessoa se sente desestimulada, não
tem perspectiva de encontrar emprego, então ela não prefere nem procurar ou
esperar um segundo momento”, explicou o economista do Dieese, César Andaku, em
entrevista ao RDtv, canal disponível no portal do RD – www.reporterdiario.com.br.
O contingente de ocupados – pessoas com empregos formais ou
autônomas, também diminuiu 1,5%, sendo estimado em 1.193 pessoas. Dividindo por
setores, a maior redução foi no setor de Serviços (-2,4% ou 16 mil postos a
menos). “Eu acredito que a causa é um efeito dominó nas empresas que prestam
serviços para a indústria, o que acaba gerando está queda”, disse o economista.
O setor de Comércio e Reparação de Veículos Automotores e
Motocicletas teve uma pequena variação positiva de 0,9%, ao gerar 2 mil postos
de trabalho. A Indústria de Transformação também teve leve alta, com mil postos
de trabalhos formados (0,4%). Esta situação aconteceu mesmo com uma retração na
metal-mecânica. Foram 7 mil postos de trabalho a menos.
Assalariados
Outra queda aconteceu no número de assalariados, em 1,8%. No
setor privado, a redução do número de empregados com e sem carteira assinada
foi de -2,8% e 3,4%, respectivamente. No setor público, o cenário foi de
aumento de assalariados (12,8%). Em relação aos autônomos a elevação foi
pequena, apenas 1%.
PIB
Não existe uma boa expectativa em torno da melhora do quadro
da crise econômica. Segundo César Andaku, o Produto Interno Bruto (PIB) deve
cair 3,5% neste ano e no próximo ano, existe a possiblidade de “um crescimento
de 0%”. Os números só serão fechados no próximo ano.
Extraído
do Repórter Diário
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