Operação do Ministério Público investiga um esquema fraudulento de funcionários na Câmara Municipal da cidade da Região Metropolitana de São Paulo
O prefeito de Osasco, Rogério Lins, em imagem na última
eleição, em outubro de 2016 (Aloisio Mauricio /Fotoarena/Folhapress)
O Ministério Público do Estado de São Paulo deflagrou mais
uma fase da Operação Caça Fantasmas na manhã desta terça-feira, mirando o
prefeito eleito de Osasco (SP), Rogério Lins (PTN). Há 15 mandados de prisão
preventiva sendo cumpridos neste momento. Um deles é contra Lins, que não foi
encontrado em seu endereço e possivelmente está em viagem fora do país; os
outros são contra vereadores da Câmara Municipal de Osasco. A Polícia Militar
também cumpre 15 mandados de busca e apreensão. A ação é feita em conjunto
com a Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota).
A operação investiga um esquema fraudulento de funcionários
fantasmas na Câmara de Osasco que movimentaram cerca de 21 milhões de reais. Há
suspeitas de que os vereadores também captavam parte do salário de seus
servidores. A Justiça de São Paulo também deferiu o afastamento cautelar de 202
pessoas envolvidas no caso. Os presos estão sendo encaminhados para a Delegacia
de Investigações sobre Entorpecentes de Osasco.
O inquérito, que tem 117 volumes e foi iniciado em agosto de
2015, resultou na denúncia de 217 pessoas protocolada na Justiça esta semana. A
denúncia foi desmembrada em 14 partes – uma para cada vereador. A última fase
da Operação foi deflagrada em junho deste ano, quando 38 mandados de busca e
apreensão e seis prisões em flagrante foram feitas. Na ocasião, o gabinete do
então pré-candidato à prefeitura que é vereador foi um dos imóveis vasculhados.
Uma das zebras das eleições deste ano, Lins ganhou a disputa
municipal em cima do atual prefeito Jorge Lapas (PDT), com 61% dos votos contra
38% do adversário.
Por Eduardo Gonçalves (Revista Veja)
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