Especialista dá dicas fundamentais para a estação mais quente do ano
O início do verão e a chegada das
férias têm levado inúmeras pessoas às praias do país. Porém, a diversão no
litoral deve vir acompanhada de alguns cuidados com o sol para evitar problemas
futuros. Para se ter uma ideia, o câncer de pele, ocasionado pela exposição
excessiva ao sol, é o câncer mais frequente no Brasil, com 176 mil casos
registrados ao ano. Por isso, os dermatologistas fazem algumas recomendações a
fim de garantir a alegria constante nas férias.
O protetor solar deve ser o primeiro
item a ser colocado na mala. Mas, para garantir sua eficácia é necessário
escolher o tipo certo. Para isso, é importante entender alguns fatores a
respeito das emissões solares. "O sol emite dois tipos principais de radiação
que prejudicam a pele, a UVA (Ultravioleta A) e UVB (Ultravioleta B). O UVA
está presente durante todo o dia e é o principal responsável pelo bronzeamento
tardio. Já o UVB é o principal responsável pelas queimaduras solares e manchas,
com maior incidência das 10h às 16h ", explica o médico dermatologista
André Lauth.
Sabendo disso, ao escolher o protetor
alguns critérios precisam ser observados. Por exigência da ANVISA, todo
protetor solar deve conter em sua embalagem o FPS (que mede a proteção contra
UVB) e o PPD (que mede a proteção contra UVA). Segundo o Dr. André Lauth, o
ideal é que o protetor solar tenha um FPS 30 ou maior. "Já o PPD, pode
estar na embalagem como um número, que deve ser pelo menos 1\3 do FPS, ou em
sinais de positivo (+). Um sinal significa baixa proteção UVA e três, alta
proteção UVA", explica.
A escolha deve levar ainda em
consideração o tipo de pele de cada um. Peles secas, geralmente, aceitam bem a
maioria dos produtos disponíveis no mercado. Entretanto, as pessoas com pele
mistas e oleosas devem escolher protetores com toque seco, oil control (com
controle de oleosidade) ou oil free (livre de óleo),
informações que devem estar presentes nos rótulos dos produtos. Em relação à
quantidade a ser aplicada para que o filtro forneça a proteção descrita na
embalagem, os dermatologistas orientam o uso de 1 a 1,5 grama de protetor
solar, o que equivale a uma colher de chá, isso apenas no rosto.
"A maioria das pessoas têm por
hábito usar menos que 0,5, grama, o que faz com que o filtro não proteja de
acordo com as informações do rótulo. Por esse motivo, nós dermatologistas,
indicamos o uso de protetores com FPS acima de 50. O produto deve ser aplicado
15 a 30 minutos antes do início da exposição ao sol, devendo ser reaplicado a
cada 2 horas e/ou após banhos de ducha, mar e piscina", detalha
Lauth.
O sol é ainda um grande vilão para os
cabelos e lábios. No caso dos cabelos, o ideal é usar produtos leave in (cremes
sem enxágue) com protetor solar e ao fim do dia lavar bem para retirar todo o
creme, o excesso de oleosidade e/ou resíduos da água do mar/piscina. O uso de
uma máscara hidratante de acordo com o tipo de cabelo também é recomendado.
"Os cabelos com química devem receber ainda mais cuidado, pois já estão
parcialmente danificados. Já os lábios, devem ser protegidos com protetores
específicos. Estes devem ser aplicados pelo menos a cada duas horas ou antes,
caso tenham sido removidos por bebidas e saliva, por exemplo", completa o
especialista.
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