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A cúpula do PMDB no Estado mostrou
solidariedade à ex-deputada estadual Vanessa Damo (PMDB), de Mauá, que na
segunda-feira prestou queixa à polícia contra seu marido, o presidente do PMDB
mauaense, José Carlos Orosco Júnior, por agressão física e tortura psicológica.
Dirigentes partidários, inclusive, já falam em punições a Orosco se o caso for
confirmado.
Ontem o DGABC mostrou que a
ex-deputada registrou BO (Boletim de Ocorrência) na DDM (Delegacia da Mulher)
de Mauá na segunda-feira à tarde. Segundo ela, Orosco a agrediu fisicamente
quando ela foi à casa do sogro resolver problemas familiares. Orosco, que é
secretário de Obras no governo de Atila Jacomussi (PSB), nega as acusações.
Presidente estadual do PMDB e
deputado federal, Baleia Rossi divulgou nota se colocando ao lado de Vanessa.
“Em primeiro lugar, oferecemos nossa total solidariedade e afeto à (ex)
deputada Vanessa, que é também presidente do PMDB Mulher em São Paulo. Apoiamos
a ação e a investigação rigorosa da polícia. As conclusões vão balizar
providências a serem tomadas por nossas instâncias partidárias.”
Secretário-geral do diretório
paulista do PMDB, o deputado estadual Jorge Caruso foi mais enfático. “A
Vanessa é presidente do PMDB Mulher e é uma situação muito delicada. Vamos
apurar e tomar medidas cabíveis. Sendo verídico, cabe eventualmente o processo
de dissolução do diretório (do PMDB em Mauá).”
O clima foi de apreensão ontem nos
corredores do Paço. Atila esteve reunido com diversos conselheiros e também com
pessoas próximas a Orosco para buscar uma solução. Muitos sugeriram a demissão
do peemedebista do posto de secretário de Obras – nas redes sociais militantes
da legenda também exigiram a queda do titular da Pasta. Outros buscam contornar
a situação, sob alegação que Orosco foi peça importante na eleição de outubro,
vencida por Atila no segundo turno diante de Donisete Braga (PT).
Orosco chegou a ser apresentado como
vice da chapa liderada por Atila, mas retirou seu nome porque a Justiça
Eleitoral não viabilizou sua candidatura a tempo dos prazos legais. Em seu
lugar ficou Alaíde Damo (PMDB), mãe de Vanessa. Orosco continuou na coordenação
geral da empreitada política.
Em troca da fidelidade, Orosco pôde
indicar o secretário de Educação – Fernando Coppola, o Xuxa (PMDB), ex-chefe de
gabinete de Vanessa na Assembleia Legislativa – e o titular de Segurança
Pública – Anderson Simões (PMDB), que não assumiu por problemas burocráticos.
Atila não foi localizado
para comentar o caso.
Extraído do DGABC - Raphael Rocha - Colaborou Júnior Carvalho
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