Cesar Andaku, economista do Dieese
(Foto: Amanda Lemos)
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A Fundação Seade e o Dieese divulgaram nesta
sexta-feira (27) os números de desemprego no ABC relativos a 2016. A PED
(Pesquisa de Emprego e Desemprego), realizada em parceria com o Consórcio
Intermunicipal, revelou que o índice chegou a 16,3% no ano passado. Em 2015, a
taxa de desemprego fechou em 12,5%.
Houve redução de vagas em todos os setores de
atividade, com destaque para a Indústria de Transformação, onde foram
eliminados 25 mil postos de trabalho. No setor de Serviços, responsável por
empregar 54,4% dos trabalhadores da região, houve corte de 8 mil vagas em 2016.
“A Indústria de Transformação no ABC é relevante.
Se a gente comparar com a região metropolitana como um todo, tem um peso muito
maior por aqui. Desde 2011 foram fechados cerca de 87 mil postos de trabalho na
indústria”, avalia o economista do Dieese, Cesar Andaku.
A taxa de desemprego de 2016 é a pior desde 2005,
quando o índice chegou a 16,1%. Os números do ano passado são ainda mais
alarmantes quando se observa o cenário entre os jovens. O desemprego na faixa
etária entre 16 e 24 anos chegou a 33,3%, um dos mais altos desde que a
pesquisa começou a ser feita, em 1998.
Perspectivas
Se 2016 foi um ano de notícias negativas, as
expectativas para 2017 não são das melhores. “Observamos uma queda da taxa de
desemprego no segundo semestre do ano passado, mas por causa saída de pessoas
do mercado de trabalho e não como resultado da atividade econômica. Em 2017,
não estamos muito otimistas em uma retomada mais consistente na economia.
Esperamos, que no último trimestre, mais para o final do ano, tenha alguma
retomada”.
Extraído do Reporter Diário
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