“É a maior dívida da história”, afirma prefeito Atila Jacomussi
“É a maior dívida que a cidade tem na sua história
de restos a pagar”, foi assim que o prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB),
comentou os números da dívida da Prefeitura deixada pelo seu antecessor,
Donisete Braga (PT). Em anúncio realizado nesta quarta-feira (18), o socialista
afirmou que os restos a pagar do município chegam a R$ 178 milhões e ainda vai
aumentar.
“A administração anterior tinha passado um número
na casa de R$ 85 milhões, como foi noticiado em alguns jornais. Mais foi
apurado pelo nosso departamento jurídico e a nossa Secretaria de Finanças que a
dívida real da cidade, quando se fala de restos a pagar, é de R$ 178 milhões”, explicou
Jacomussi que também revelou que a dívida geral de Mauá chegou a R$ 983
milhões, quase chegando ao orçamento municipal que está estimada em R$ 1,1
bilhão.
Em relação aos restos a pagar, ainda falta fechar a
conta em relação a área da Saúde. O líder desta pasta, Marcio Chaves, entregará
na próxima semana o relatório final. A estimativa é que o número anunciado seja
aumentado devido à expectativa em torno da dívida do município com a Fundação
ABC. O chefe do Executivo preferiu não fazer uma nova estimativa.
Atila Jacomussi fez duras críticas aos projetos
orçamentários apresentados por Donisete Braga durante sua gestão. “Nos últimos
quatro anos de gestão petista em Mauá, o que foi apresentado de orçamento era
fantasioso. Dos quase R$ 300 milhões que viriam do PAC para Mauá, entraram
apenas R$ 11 milhões. Grande parte desses recursos nunca foi empenhado. Então
não basta querer mentir para si mesmo. Não vamos mentir para o povo de Mauá”,
explicou.
Questionado sobre a possibilidade de decretar o
estado de calamidade financeira, Atila disse que “neste momento não pensa
nisso, mas são números alarmantes. Não seria nenhum absurdo fazer este decreto,
até porque é a maior dívida da história deixada por um prefeito para outro
receber”.
Medidas
Em meio
as críticas a gestão anterior, Atila assinou os decretos com as medidas
econômicas da Prefeitura (Foto: Divulgação)
O prefeito assinou quatro decretos com as primeiras
medidas para diminuir a crise financeira do Executivo mauaense. A primeira é o
contingenciamento de 30% do orçamento previsto para este ano. A segunda medida
é determinar aos secretários que adotem políticas visando a redução de pelo
menos 15% do custeio de suas pastas, inclusive para Saúde e Educação. “Faremos
isso sem que prejudique a máquina pública e os serviços”, afirmou.
As outras duas medidas são a criação de duas
comissões. A primeira é a Comissão de Gestão de Crise Financeira que terá 180
dias para fazer avaliações sobre todos os gastos do governo de Donisete Braga.
A segunda comissão é a de Gestão de Gastos e será
responsável em avaliar as possibilidades de cortes em relação ao planejamento
desta gestão. Ambas terão como membros pessoas indicadas pelas secretarias de
Governo, Finanças e Jurídico. Este segundo grupo será permanente.
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