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terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Ribeirão Pires: Presidente da Câmara é destaque na imprensa por duas edições seguidas

Parlamentar quer instalar CPI da Saúde e também foi citado por jornal local, sobre sua eleição ter sido articulada por Júnior Orosco, ex-secretário de obras em Mauá e presidente do PMDB local

Rubão, presidente da Câmara de Ribeirão (reprodução internet)
Conforme reproduzido na edição on line do JT de ontem , extraído do Folha de Ribeirão Pires, o vereador presidente da Câmara, Rubão Fernandes (PSD), teria sido eleito sob articulação política do presidente do PMDB em Mauá e ex-secretário de obras,José Carlos Orosco Júnior, envolvido no escândalo de agressão contra sua esposa, Vanessa Damo, ex-deputada estadual.

O jornal Folha de Ribeirão Pires destacou que o Consórcio Consladel, que administra a empresa Ribeirão Luz, detentora do contrato de prestação de serviços na iluminação pública na cidade, recebeu neste início de ano mais de R$ 600 mil da Prefeitura, contrariando o declarado e decretado pelo prefeito Kiko Teixeira (PSB ), de que iria suspender pagamentos a fornecedores do município por 60 dias (até março) para sanar uma “dívida flutuante de mais de R$ 170 milhões”. (ver matéria publicada ontem pelo JT, reproduzida do Folha de Ribeirão Pires).

Neste caso a empresa que não foi inclusa na lista de “dívida flutuante”, conforme apontou o Folha, tem como coordenador em Ribeirão, Guilherme Orosco, irmão de Júnior
Na edição de hoje do Diário do Grande ABC, o presidente da Câmara, Rubão, declarou que aguarda autorização da Justiça para instalar CPI da Saúde na cidade.

 O presidente da Câmara de Ribeirão Pires, Rubão Fernandes (PSD), afirmou ao Diário que assim que for liberada pela Justiça, a CPI da Saúde deve ser aberta na Casa.
Rubão informou ainda que o Ministério Público local avalia a viabilidade do processo e que, nos bastidores, tem conversado com vereadores sobre o caso. 
Desde o ano passado, este assunto vem causando polêmica no município. A questão se iniciou por volta de junho de 2016, quando o então presidente da Casa, Zé Nelson (PMDB) – pertencente à base do ex-prefeito Saulo Benevides – se recusou a abrir investigação que pretendia apurar os contratos da Prefeitura com a Santa Casa da cidade e FUABC (Fundação do ABC), além de verificar se havia irregularidades nas quantidades de médicos e medicamentos em Ribeirão Pires.

À época, o episódio foi levado à Justiça, por meio de grupo de quatro vereadores. Mandado de segurança foi expedido para forçar abertura do processo. A juíza da 3ª Vara Cível de Ribeirão Pires, Isabel Cardoso Cunha Lopes Enei, concedeu essa liminar e determinou que a CPI fosse instaurada. Ainda assim, Zé Nelson não pautava as sessões parlamentares com esse assunto, e, mesmo com a possibilidade de ser preso por descumprir ordem judicial, o ex-presidente da Câmara não cedeu. Até que, em agosto, o desembargador de Justiça Kléber Leyser Aquino cassou a liminar que exigia a abertura do inquérito, e, assim, tirou a obrigatoriedade de início da CPI.

Prometido para começar pós-eleições de 2016, o caso ficou para 2017.

Extraído do DGABC

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