Após obter aval da Justiça, o governo Geraldo
Alckmin (PSDB) decidiu aplicar a partir do próximo sábado, 15, o reajuste de
14,8% na tarifa integrada entre ônibus e trilhos (trem e metrô) na capital
paulista. Com o aumento, o valor do bilhete de integração passará dos atuais R$
5,92 para R$ 6,80.
O anúncio foi feito na noite desta segunda-feira,
10, pela Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos depois que a
presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Laurita Vaz,
autorizou o aumento em decisão publicada na última sexta-feira,7. A tarifa
básica tanto do ônibus municipal, quanto do trem e do metrô permanece congelada
em R$ 3,80.
No sábado, também serão reajustados em até 35,7% o
valor dos bilhetes temporais. O mensal, por exemplo, que não era reajustado
desde a sua criação, há mais de três anos, passará a custar R$ 190 o comum
(sugerido para mais de 50 viagens) e R$ 300 o integrado (sugerido para mais de
44 viagens). Já o bilhete 24 horas (indicado para mais de quatro viagens por
dia) ficará em R$ 15 o comum e R$ 20 o integrado.
Os reajustes foram nas tarifas de transporte
público foram anunciados no fim de 2016 em conjunto pelo governo Alckmin e pela
gestão do prefeito João Doria, ambos do PSDB. Doria havia prometido na campanha
eleitoral a não reajustar a tarifa de ônibus, que ficou em R$ 3,80. Para evitar
o ônibus político, Alckmin, padrinho político do prefeito, decidiu congelar
também a tarifa comum do trem e do metrô. Em contrapartida, reajustaram os
bilhetes integrado e temporal.
Os novos valores chegaram a entrar em vigor no dia
8 de janeiro deste ano, mas foram suspensos em seguida por uma decisão de um
juiz de 1ª instância a partir de um pedido feito por deputados da bancada do PT
na Assembleia Legislativa de São Paulo. Os petistas alegam que o reajuste na
integração penaliza dos passageiros mais pobres.
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