segunda-feira, 22 de maio de 2017

Jovens morrem no trânsito

Trânsito é o que mais mata jovens no mundo

Motoristas em Mauá garantem que a imprudência, a desobediência e falta de 
fiscalização contribuem para isso.

Motoristas trafegam pelas faixas exclusivas:

 O Maio Amarelo é um movimento de âmbito mundial que busca chamar a atenção da 
sociedade para o alto índice de mortos e feridos no trânsito. Em pleno mês, um relatório 
da Organização Mundial da Saúde (OMS), agência da Organização das Nações Unidas 
(ONU) mostra que o trânsito é a maior causa de mortes entre adolescentes no mundo. 
Segundo o relatório “Ação Global Acelerada para a Saúde dos Adolescentes”, nada menos que 115 mil vidas entre 10 e 19 anos foram perdidas em 2015 em ruas e estradas, como consequência de acidentes. Os jovens são os mais afetados em razão da impetuosidade, afirma o relatório. Porém, o trânsito em si é uma máquina de matar.
Motoristas da cidade ouvidos pela reportagem relatam que é comum encontrar outros 
que burlam as leis de trânsito buscando vantagens irresponsáveis, colocando em risco 
suas próprias vidas, de seus passageiros e de terceiros. Nesta semana, por minutos, mantivemos a reportagem fotográfica no farol da avenida Barão de Mauá, nas proximidades da rotatória do Jardim Maringá, e foram flagradas muitas infrações, principalmente por invasão ao sinal vermelho e à faixa para pedestres 
local. São todos os tipos de veículos: motos, carros, ônibus, utilitários e até ciclistas e pedestres. De uma ou de outra forma, seguem mesmo com a indicação proibitiva para parar ou mesmo  não atravessar – farol vermelho.
Um motorista profissional que não quis se identificar, relatou que na maioria dos faróis 
acontece isso e que se não houver conscientização das pessoas e uma fiscalização firme, 
nada mudará. “Quando a fiscalização é efetiva, todo mundo reclama ao receber as multas. 
Porém as pessoas não se preocupam em cumprir o dever do habilitado. Apesar, que no caso das multas, a fiscalização peca por focar pontos e horários ‘mais fáceis’ de se trabalhar e por muitas vezes montam ‘armadilhas’ para surpreender os motoristas. Isso irrita. Seria mais sensato um processo de conscientização que certamente beneficiaria a todos”, explica. O motorista destaca a cidadania, a valorização da vida e o bom senso, como fatores primordiais  para diminuir as ocorrências.



Expertise no corredor de ônibus 
Os corredores de ônibus em Mauá determinam dois horários para a faixa exclusiva: 
bairro centro entre 5h00 e 8h00 e no sentido inverso, 17h00 às 20h00.
Motoristas ordeiros reclamam dos “espertos” que conhecem os trajetos e sabem dos locais 
onde estão instalados os radares. Assim, trafegam normalmente pelas faixas exclusivas nos horários proibidos e, ao se aproximarem dos radares, mudam de faixa. Márcio Luiz de 
Souza, 41 anos, mora no Jardim Adelina em Mauá e trabalha em Santo André. Passa pela
 avenida Barão de Mauá duas vezes ao dia justamente nos horários em que os trajetos mantém a faixa exclusiva para os ônibus. “Vou trabalhar de carro porque não tenho outra opção já que no meu caso, o transporte coletivo se torna inviável pelo custo. Quando passo pela Barão de Mauá respeito sobremaneira as faixas de ônibus. Isso torna minha viagem um pouquinho mais demorada, mas na ida ao trabalho saio antes para não chegar atrasado. O que me deixa muito chateado é que vários motoristas não respeitam a faixa exclusiva e até fecham a gente quando chegam perto dos radares. Isso é muito ruim”, lamenta. Márcio indica que, neste caso, principalmente na viagem de volta quando já passa das 18h00, deveria haver maior ação dos  órgãos fiscalizadores. “A gente volta cansado, enfrenta um trânsito danado e ainda tem que aturar os espertinhos”, conclui.

Motoqueiros 
Outro problema crônico, que causa muitos acidentes é a forma de direção praticada por motoqueiros. São muitos os fatores que podem explicar o rápido crescimento das mortes 
desses condutores, mas todos os estudos recentes apontam  que as causas principais são procedimentos de risco dos próprios, como andar no chamado corredor das vias, e também o consumo de álcool. Se o risco de morrer em uma colisão de automóvel já é significativo, a depender das circunstâncias do acidente, sobre uma motocicleta essas chances são 20 vezes maiores. Esse número sobe para 60 vezes se a pessoa não estiver usando o capacete, item obrigatório pela legislação.

Motoqueiro converge em local proibido e altamente perigoso:

                               
Pedestres
Cuidar da própria segurança é uma obrigação do pedestre, que por muitas vezes não espera para atravessar a rua ou mesmo atravessa em locais não sinalizados.Em Março passado, o Infosiga, sistema de dados do Governo do Estado, divulgou um aumento de 15,8% no número de atropelamentos na Grande São Paulo, porcentagem alarmante que demanda muita atenção da parte das autoridades do setor, bem como dos próprios pedestres.





















































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