terça-feira, 6 de junho de 2017

Após um ano de morte encomendada, caso Lucileide ainda não tem data para júri

Administradora foi assassinada há um ano e enterrada em cova rasa na região de Paranapiacaba

 (Extraído do Folha de Ribeirão Pires) Após um ano do crime que matou Lucileide Magalhães Silva de Paula, de 36 anos, administradora de um asilo em Ribeirão Pires, caso ainda não tem data para júri.
 
O crime aconteceu no dia seis de junho de 2016, após seu marido, Clayton Loro de Paula, na companhia da amante, Jéssica Karina dos Santos, decidirem, por motivos não tão bem explicados, pela morte de Lucileide.
 
O assassinato foi encomendado através de Valdir Pereira da Silva, que indicou Alex  Santos Gonçalves de Jesus, o “Monstrinho”, para a execução. Foi cobrado por Valdir a quantia de R$ 12 mil pela morte.
 
Na noite do dia seis, Lucileide, após um dia de trabalho e aula na faculdade que cursava na cidade de Mauá, retornava para sua residência. Após deixar a estação de trem, passou em um comércio alimentício nas proximidades e seguiu ao encontro de Clayton, que a buscaria de carro no local.
 
Ao entrar no automóvel, encontrou Clayton na direção, simulando um assalto, já que no banco de trás, preparados para o crime, estariam Jéssica e Monstrinho utilizando toucas.
 
O marido passou a dirigir para a Vila de Paranapiacaba, enquanto Jéssica e Alex aplicavam um mata-leão e seguravam o pescoço de Lucileide, até que a vítima viesse a óbito. Antes de ser enterrada em uma cova rasa, Clayton chegou a checar os sinais vitais de Lucileide.
 
Os três indivíduos ajudaram no transporte do corpo da vítima do carro até a cova que havia sido aberta por volta das 17h por Alex, com ajuda de Clayton.
 
Depois de enterrar a esposa, Clayton foi até sua residência, tomou banho e lavou suas roupas sujas de barro. Disse aos três filhos que a mãe não havia retornado e fizeram as malas para permanecer na residência de um familiar.
 
No dia seguinte, Clayton dirigiu-se à Delegacia de Ribeirão Pires, onde registrou Boletim de Ocorrência de desaparecimento. Ao ser questionado sobre a esposa e o barro que foi encontrado em seu carro, Clayton demonstrou insegurança. Disse aos policiais que tomaria um café e não retornou.
 
Clayton e Jéssica viajaram mais de 500 km em fuga e se instalaram em uma residência na cidade de Paranaguá, no estado do Paraná. Policiais de Ribeirão Pires descobriram o esconderijo do casal e viajaram até Paranaguá, onde, no dia 22, Clayton e Jéssica foram surpreendidos quando estariam deitados em uma cama, conversando. Clayton foi preso e conduzido para a Delegacia do município, onde permaneceu até o início da tarde do dia seguinte, e foi transferido para Ribeirão Pires.
 
No caminho, Clayton confessou aos policiais, entre algumas histórias discordantes, que havia contratado uma dupla para que assassinasse sua esposa e enterrasse em uma cova na região de Paranapiacaba. O corpo foi encontrado na manhã seguinte.
 
A confissão de Clayton levou a localização e prisão dos outros três envolvidos.
 
Todos os envolvidos seguem presos, aguardando julgamento, o que, de acordo informações do Fórum de Ribeirão Pires, ainda não há data para acontecer.


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