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sexta-feira, 2 de junho de 2017

Clandestinos invadem Mauá

Venda clandestina de gás traz insegurança à população, garante Apregas

Nesta semana a Apregas (Associação Paulista de Revendedores de Gás) denunciou o grande aumento no número de pessoas que comercializam, de forma irregular, o gás de cozinha (GLP – Gás Liquefeito de Petróleo) em Mauá.
Segundo a entidade classista, o gás de cozinha vem sendo vendido clandestinamente em residências, estabelecimentos comerciais e outros “pontos de venda”, sem qualquer obediência às normas de segurança determinadas por lei, inclusive transportado em veículos impróprios e inadequados, também por motocicletas, o que é estritamente proibido. Essa ação clandestina coloca em risco a vida das pessoas que podem ser vítimas de explosões, além de atentar contra a ordem tributária e econômica, ou seja, vendendo de forma irregular não se gera empregos, renda, não se arrecada impostos e contribuições sociais.

Armazenamento e transporte irregular

A distribuição varejista desse tipo de produto em área urbana obedece a leis próprias de âmbito federal. Dentre as exigências está a forma de armazenamento e transporte que requer cuidados, equipamentos e veículos específicos, devidamente aparelhados para evitar possíveis acidentes.
As normas para essa atividade são definidas pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), também encarregada da fiscalização por intermédio de convênios com órgãos estaduais e municipais, entre os quais a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e Guarda Municipal. Ao município ainda cabe a fiscalização sobre o alvará de funcionamento que só é expedido quando o estabelecimento revendedor cumprir todas as normas legais para armazenamento e distribuição.

Perigos e prejuízos

A Apregas alerta para o alto risco em armazenar e distribuir GLP sem os devidos aparatos técnicos. Botijões corroídos, mal vedados, locais sem a devida ventilação e inseguros, entre outros, podem causar explosões, ferir e matar. Isso vale tanto para pessoas envolvidas no manuseio desse tipo de produto, quanto a vizinhos que sequer sabem do risco que correm.
Os prejuízos financeiros a quem compra gás clandestino também são muito comuns. Por serem irregulares, geralmente os botijões estão com menos quantidade – peso - de GLP que o volume vendido, fazendo com que o consumidor pague e não receba o produto comprado.
Além disso, a qualidade do GLP é outro ponto importante, garante a associação. No produto clandestino, na maioria das vezes, são adicionadas misturas tão somente para se alcançar o peso desejado, mas que não produzem chamas como o esperado.
A Apregas destaca ainda que de forma clandestina não se gera emprego com carteira assinada, nem se recolhe encargos sociais e impostos, causando prejuízos aos cofres públicos e, consequentemente, à população.

Crime

De acordo com a lei 8.176/91, quem pratica a venda e o transporte de GPL de forma clandestina está sujeito a multa, apreensão e prisão de até5 anos.
Como denunciar
A ANP disponibiliza o telefone 0800 970 0267, além do 190da Polícia Militar, 193 Corpo de Bombeiros  e 156, mantido pelo município.
A Apregas justifica que a denúncia é a ferramenta mais eficaz à disposição da população. Considerando que se trata de clandestinidade, pessoas que vendem desta forma utilizam as mais variadas formas de se manter e ocultar a marginalidade, dificultando a fiscalização.


Em Poços de Caldas, no início de maio, uma mulher sofreu queimaduras em 30% do corpo e um homem teve 13% do corpo queimado, durante a troca de um botijão.



Diariamente são registradas ocorrências por explosão de botijão de gás de cozinha que chegam a destruir casas inteiras.



É comum encontrar pontos de venda clandestina de gás, colocando em risco a vida de moradores e vizinhança.

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