sábado, 29 de julho de 2017

Especialista alerta para os tipos e perigos da Hepatite


A Hepatite é um processo inflamatório do fígado de forma aguda ou crônica, que resulta em uma alteração laboratorial das enzimas hepáticas até formas mais graves. É importante estar atento aos diferentes tipos e quem faz o alerta é o médico Hélio Yoshimoto, diretor técnico do Hospital Santa Casa de Mauá.

A hepatite pode ser do tipo A, B ou C e geralmente é causada por vírus ou uso de medicamentos como anti-inflamatórios, anticonvulsivantes, derivados de sulfa, hormônios tireoideanos e anticoncepcionais, além de distúrbios metabólicos e transinfecciosas.

A transmissão da hepatite A está relacionada ao contato direto com pessoas doentes ou por água e alimento contaminados. Está correlacionado ao saneamento básico. O contágio da hepatite B e C ocorre por meio do contato do sangue contaminado em agulhas, aparelhos odontológicos, tintas de tatuagem, tesouras ou alicates de cutículas, além da transmissão sexual.

No caso da hepatite C é preciso que haja uma conscientização da população sobre as formas de contágio, haja vista que ela pode evoluir para doenças mais graves do fígado como insuficiência hepática, cirrose e neoplasias.

“Muitas vezes, os sintomas podem surgir poucos dias após o contato com o vírus e podem variar conforme o tipo de vírus envolvido. Geralmente se manifestam na fase aguda da hepatite, com dor de cabeça e mal-estar geral; dor e inchaço abdominal; cor amarelada na pele e na parte branca dos olhos; urina escura; fezes claras; náuseas, vômitos e emagrecimento sem causa aparente. No caso da hepatite B ela progride lentamente de forma assintomática”, explica o médico.

Para prevenir a doença é recomendado tomar as vacinas que imunizam somente contra hepatite A e B, usar preservativo em todas as relações sexuais, não compartilhar seringas e adotar medidas de higiene. Também é importante estar atento ao colocar  piercings ou tatuagens, exigindo materiais novos ou esterilizados.

Vale lembrar que a hepatite tem cura na maior parte das vezes, porém é necessário o diagnóstico precoce feito por um médico, que também orientará para o tratamento adequado. Em alguns casos, quando o indivíduo não é corretamente tratado ou não respeita as orientações do médico, a doença pode gerar complicações e leva-lo à morte.


Hélio Yoshimoto, diretor técnico do Hospital Santa Casa de Mauá.

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