Presidente da associação de revendedores promete entrar na Justiça contra reajustes da Petrobras
A partir do dia 5 deste mês de setembro estão previstos mais reajustes no preço do GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), o gás de cozinha. De acordo com estimativas do setor, para o consumidor o preço do gás de cozinha pode subir mais 20%, considerando o aumento previsto pela Petrobras de 15% e o dissídio coletivo da categoria de trabalhadores que será entre 8% e 10%.
Hoje, na região, o preço do botijão de 13 quilos gira em torno de R$ 60. Com o aumento previsto, passaria de R$ 70.
Para o presidente da Apregas (Associação Paulista dos Revendedores de Gás), Gil do Gás Filho, trata-se de uma total distorção de valores o que prejudica diretamente o consumidor e os estabelecimentos revendedores. “Estamos diante de uma situação insustentável. Como se já não bastasse as dificuldades impostas pela crise financeira em que atravessamos, aumentos desse tipo acabam sacrificando ainda mais as pessoas, a família brasileira”, enfatiza o presidente. “No Brasil são comercializados 35 milhões de botijões por mês e gerados mais de 350 mil empregos diretos no setor.
Isso significa que, com esses aumentos abusivos, o revendedor credenciado pode acabar fechando as portas e gerando ainda mais desemprego”, argumenta.
Gil do Gás Filho promete que entrará na Justiça contra esses reajustes que classificou de abusivos.
Gil do Gás Filho, presidente da associação de revendedores de gás |
“Não é possível que tenhamos de pagar a conta do descalabro financeiro que vive o País por causa de ações corruptas praticadas por políticos inescrupulosos. Não é justo que a população, os trabalhadores, os comerciantes paguem essa conta. Através de nossa associação vamos promover uma ação jurídica contra esses aumentos descabidos, tentando evitar uma situação ainda mais grave que, além de tudo, força o revendedor a trabalhar de forma clandestina, o que é um mal ainda maior pois coloca em risco a segurança e a saúde pública”, conclui.
Clandestinos em Mauá
A Apregas, constantemente, vem denunciando a venda clandestina de gás de cozinha em Mauá e grande São Paulo.No caso específico da cidade, o setor competente da Prefeitura se comprometeu em fiscalizar com mais rigor esse tipo de comércio irregular que coloca em risco a segurança da população. Em declaração à imprensa, ainda no mês de julho último, o responsável pelo setor de fiscalização, Edson Ratto, disse inclusive que utilizaria a GCM (Guarda Civil Municipal) no combate aos revendedores clandestinos.
Levantamentos feitos pela associação dos revendedores garante que isso não vem acontecendo, pelo contrário, a prática tem se tornado ainda maior.
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